Capela de Nsa. Sra. do Rosário (1730), Saracuruna/Duque de Caxias


 Capela de Nsa. Sra. do Rosário (1730), localizada em Saracuruna/Duque de Caxias, a ORIGEM do povoado de "Saracura-Una" (em Tupinambá: "saracura preta", uma ave outrora abundante no manguezal no Rio Saracuruna).
Em 1578, os colonos portugueses Sebastião Vieyra de Leão e André Cardoso dividiram entre si uma vasta sesmaria doada por Mem de Sá entre os rios Saracura-Una (Saracuruna) e Anhum-Mirim (Estrela). Em 1719, foi erguida uma capela em taipa de pilão e sapê nas redondezas da atual Rua da Fazenda (onde existiu a sede da "Fazenda do Rosário" no século XVIII). A dita capela foi transferida, em 1730, para uma pequena elevação atualmente na Rua da Capela (próximo ao Colégio ACEPE). O lugarejo foi denominado "Arraial do Rosário" por exatamente 200 anos, quando a já existente "Estação Ferroviária do Rosário" (1888, EF do Norte/EF Leopoldina Railway" passou a se chamar "Estação de Saracuruna", como se mantém até os dias atuais.
Foi reestruturada na década de 1950, com modificações na caracterização original, mas bem conservada atualmente. Alguns mapas do século XVIII indicam que um caminho de pedras irregulares ligava a Capela do Rosário ao "Porto de Saracura-Una" (que possivelmente está soterrado na beira do antigo leito do Rio Saracuruna na atual Vila Urussaí). As pesquisas documentais baseadas em mapas históricos da região continuam para a (re)descoberta dos vestígios do Porto de Saracuruna, que contribuiu, de fato, para a ocupação colonial permanente da região de Saracuruna desde 1578.
 

Comentários

  1. Parabéns. Gilberto. Sobre esses dados, de onde quais seriam as suas fontes? Talvez tenha sido por falta de um empenho maior, mas não encontrei a respeito desses colonizadores portugueses. Estou com um projeto em mente no Mestrado Profissional em Ensino de História e que inclui o que denomino de apropriação de determinados locais e vestígios do bairro de Saracuruna e talvez, de Jardim Primavera. Isso representa iniciativa de valorização do patrimônio e história local. Acredito que compartilhamos uma inquietação sobre o fato de que a população local, em particular, os jovens não possuem a consciência sobre a História do bairro onde nasceram e moram e de que determinados locais e construções em geral ignorados, carregam diversas possibilidades de narrativas que podem ser trabalhadas pelos historiadores e difundidas no espaço escolar, sendo um instrumento que pode ser usado para transformar as aulas de História.

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  2. Digitei rápido demais e o inicio saiu meio confuso.

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  3. Parabéns Gilberto por sua iniciativa, trabalhei por 28 anos na Reduc e tive oportunidade de trabalhar e fazer amigos no entorno da região que frequento até hoje, estudo por conta própria a historia desde o período da colonização do Brasil em especial todo o entorno das baias de guanabara e sepetiba , recentemente ainda sobre segredo de estado estamos com 3 descobertas na região de mangartiba datando de 1826, outra de 1539 e sambaquis e ferramentas de civilizações que viveram na região a mais de 1000 anos , já estão compondo o grupo historiadores , museu nacional e ufrrj e ufrj, já direcionanando para o IPHAN, tudo começou com alguns achados, parabens na sua pesquisa vale a pena, forte abraço frateno;

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  4. Parabéns, Gilberto. Onde posso obter as fontes de tais informações? Vou procurar o padre da Igreja para passar esse histórico, mas será que mesmo ele tem tais fontes documentais e onde as achar? Um abraço.

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