Vestígios do Imperial Paiol de Pólvora da Freguesia de Inhomirim (1826/1845), Morro do Calundú, limite entre Ipiranga/Magé e Jd. Ana Clara/Duque de Caxias








 Vestígios arqueológicos do Imperial Paiol de Pólvora da Freguesia de Inhomirim (construído entre 1826-1845), no alto do Morro do Calundá (antigo Morro dos Amorins) na beira do Rio Estrela (antigo Rio Anhu-Mirim), no limite geográfico intermunicipal entre Jd. Ana Clara/Duque de Caxias e Ipiranga/Magé.
O Paiol Imperial da Estrella foi erguido nesta região atualmente erma e perigosa por ser, durante o século XIX, um local mais distante da já populosa região da Lagoa Rodrigo de Freitas (onde já existia um paiol de pólvora desde o século XVIII). O Paiol de Pólvora da Estrella forneceu, em meados do século XIX, a pólvora para o LENDÁRIO "Exército Imperial de Caxias" durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), a maior guerra em que o Império do Brazil participou e venceu.
Atualmente, os vestígios arqueológicos do Imperial Paiol de Pólvora de Inhomirim estão em avançado estado de deterioração, com suas robustas paredes em pedra de cantaria, óleo de baleia e conchas moídas (argamassa colonial). Observei um parafuso vestigial na verga da porta de entrada em pedra de cantaria, além de buracos onde existiam os trincos das portas de entrada do Paiol. É possível que, no acesso ao Paiol, pelo Morro do Calundú, existisse uma conexão terrestre para o Porto da Estrella (1590-1891), cerca de 2km acima do Paiol Imperial. De fato, a região limítrofe entre Duque de Caxias e Magé (pelo Rio Estrela) esconde vestígios sutis e enigmáticos pouco compreendidos, mas certamente participou de um PASSADO GRANDIOSO ainda a ser compreendido neste "quebra-cabeça" da pesquisa estritamente arqueológica na Baixada Fluminense.

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